terça-feira, 13 de setembro de 2016

Caixa de Entrada (2) – Libertadores e Série B – Quem vai abrir?

Você saberia dizer quais os clubes que receberam esse e-mail? Pois bem! Para te auxiliar um pouquinho, esmiuçamos as probabilidades em cima de alguns dados: Palmeiras - Continua líder com 47PG, além de ter sido campeão simbólico do primeiro turno. Vale ressaltar que, conquistar a primeira fase, na maioria das vezes, acaba em título. Em 13 edições, nove levaram o caneco. As exceções foram com o Grêmio (2008), Internacional (2009) e o Galo (2012). Por outro lado, há dois campeões brasileiros que não venceram nem o primeiro e nem o segundo turno: O Flamengo (2009) e o Fluminense (2012). O campeão da primeira etapa desse ano é o pior com o atual formato de 20 clubes, ou seja, desde 2006. Com 36 pontos o Palmeiras não bateu o Inter de 2009 e o Corinthians de 2011, que fizeram 37 pontos ganhos. O Verdão continua sendo o time que mais venceu na competição, junto com o rubro-negro carioca, com 14 conquistas e ainda tem o ataque mais positivo do campeonato com 42 bolas visitadas na rede. O melhor ataque foi campeão só em sete das 13 edições. Time também é o melhor mandante do certame com 9V e mais de 92% AP em seus domínios. O melhor mandante venceu cinco dos 13 Brasileiros da era dos pontos corridos. Lembrando que o Palmeiras é o time que menos perdeu, com apenas cinco derrotas. A probabilidade de título é de 54,8%. De G-4, sobe para 94,7%. Flamengo - É o melhor visitante com 20PG e 56,54% de AP. Os clubes que foram mais indigestos como visitantes ganharam o torneio em nove dos 13 edições. Time que mais venceu, ao lado do Palmeiras com 14 triunfos. 19,6% de chances de levantar o caneco e 82,4% de G-4. Atlético-MG – Tem o artilheiro isolado do torneio: Robinho com 11 gols. 8,4% de probabilidade para ser campeão após 45 anos. È o time que está há mais tempo sem abocanhar o Campeonato Brasileiro. Para a Libertadores, a chance vai para 60,7%. Corinthians – O único time que ainda não perdeu em casa no BR. Tem 9,7% de chances para sonhar com Bicampeonato, mas chega a 70,3% de possibilidades de permanecer entre os quatro primeiros. Atlético-PR - É a melhor defesa é do Brasileirão, pois só tomou 22 gols. O melhor sistema defensivo papou seis dos 13 Campeonatos Brasileiros na era dos pontos corridos. O Furacão é o time que menos empatou: Foram apenas em três oportunidades, ao lado do Santos. Chapecoense e Sport – São as piores defesas do campeonato com 39 tentos sofridos. O curioso é que o time de Chapecó foi a equipe que mais cometeu penais no BR: Oito. Vale lembrar que o pior sistema defensivo foi rebaixado em 12 das 13 edições, incluindo as últimas duas, com exceção para o Palmeiras de 2014. A galera do time do Índio Condá, também foi a que mais empatou: 10 vezes. A Chapecoense tem 5,7% de chances de rebaixamento, apesar da 11º colocação. O Leão da Ilha do Retiro corre um risco maior com 15,7% de cair para a segunda divisão. Cruzeiro - Pior mandante com apenas 3V em casa e menos de 30% AP. Lembrando que o pior anfitrião só não foi rebaixado na primeira das 13 edições. No caso, a Ponte Preta em 2003. Até 2015, todas as equipes que tiveram menos de 40% de AP como mandante caíram: Brasiliense e Galo (2005), Fortaleza e Santa Cruz (2006), América-RN (2007), Goiás e Grêmio Barueri (2010), Avaí (2011), Figueirense e Atlético-GO (2012), Náutico e Ponte Preta (2013), Bahia (2014) e Vasco (2015). A batata da Raposa ta assando com 13,6% de chances de terminar a principal divisão do futebol brasileiro na zona de rebaixamento e consequentemente participar pela primeira vez na sua história da S-B. América-MG - A única equipe que ainda não triunfou fora de casa. O pior visitante rodou em 12 das 13 edições, inclusive nas últimas três. Um verdadeiro saco de pancadas da S-A com 16D. Time que menos venceu com apenas três triunfos e tem o pior ataque com apenas 17 gols marcados, além de ser o pior mandante, abraçado com seu arquirrival Cruzeiro, com apenas 3V em seus domínios. Está virtualmente rebaixado com 99,95% de chances. Nas últimas cinco edições, 16 das 20 equipes que viraram o turno no Z-4 foram rebaixadas, ou seja, 80%. Este ano, viraram no Z-4: Vitória, Figueirense, Santa Cruz, e América-MG. Os quatro últimos também são os piores visitantes, coincidentemente são os que estão ocupam essa posição no momento do campeonato. Então? Vai ter coragem de abrir a Caixa de Entrada ou prefere jogar no Lixo Eletrônico? Os números e dados são dos sites Chance de Gol e Footstats.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Atacante de uma nota só

“Eis aqui este sambinha feito numa nota só. Outras notas vão entrar, mas a base é uma só”. Certamente, ao escrever a letra da música “Samba de uma nota só”, Tom Jobim, um dos precursores da bossa nova, jamais imaginaria que um dia, um atacante que não era do seu clube de coração (Tom torcia para o Fluminense), fosse representar tão bem o seu faro de artilheiro. Dos mais de 40 gols com a camisa rubro-negra, Hernane assinalou mais de 95% dos feitos, finalizando apenas com um toque na bola. No “New Maracanã”, ele é o artilheiro absoluto, com 19 tentos em 19 jogos. Longe dos 333 gols de Zico(o maior artilheiro do ex-maior estádio do mundo), este jogador de origem simples, meio desengonçado vem fazendo a diferença. Esta semana, uma proposta do futebol chinês balançou o camisa nove da Gávea. Mesmo o negócio sendo da China, Brocador,(alcunha que alcançou por furar as defesas adversárias) preferiu permanecer no mais querido do Brasil. Ironia do destino ou não, a recíproca é verdadeira e a representatividade musical continuou e com direito a resposta metafórica do centroavante: “E voltei pra minha nota como eu volto pra você. Vou contar com uma nota, como eu gosto de você”.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A quadrilha

João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili, que amava Felipão e que não amava ninguém, nem o futebol. Parafraseando Carlos Drummond de Andrade, o técnico da Seleção Brasileira divulgou o complemento da lista de jogadores convocados para o amistoso contra a África do Sul, no próximo dia 05, em Joanesburgo, no elefante branco chamado Soccer City. A manutenção de praticamente o mesmo grupo, desde que assumiu o escrete canarinho no lugar de Mano Menezes, fez com que Luís Felipe Scolari, optasse por fomentar a chamada “família Scolari”, ao invés de dar oportunidade para atletas que vivem o seu melhor momento. Hernane(Shangai Seshua), Alan Kardec(Palmeiras), Elias(Sporting), são apenas alguns nomes que fizeram uma ótima temporada em 2013 e mantiveram a regularidade, com exceção do volante Elias, que possui um imbróglio com o Sporting, seu atual clube. As contestações começam pelo gol. O goleiro Júlio César, não vive uma boa fase, mas é titular absoluto do time do Papà. Na linha de frente, apesar de incontestável, Fred convive com lesões, o que nos deixa com a pulga atrás da orelha. Na meiúca, adiós para o enganche ou homem de ligação. Oscar talvez seja um dos últimos remanescentes dessa função, já em desuso. O futebol moderno pede jogadores leves no meio, volantes que saem para o jogo. As grandes equipes do mundo atuam assim. Porém, há controvérsias. Na Seleção da Itália, considerada por muito tempo como a mais retranqueira do mundo, hoje se pratica um futebol ofensivo, com jogadores do quilate de Andrea Pirlo, um verdadeiro ponta de lança contemporâneo, que marca, distribui, arquiteta as jogadas e faz gols. Numa família há defeitos e virtudes. Para que se obtenha uma harmonia é necessário conhecer afinco cada membro que constitui a árvore genealógica e cabe ao patriarca ter sabedoria e discernimento para conduzir o seu clã. Quando Drummond afirma que João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento; e que Raimundo morreu no desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e que Lili havia se casado com J. Pinto Fernandes, que não tinha entrado na história, alguns parentes mais distantes da família Scolari poderiam também tranquilamente fazer parte dessa quadrilha.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Choveu no meu chip

Falar sobre os desmandos da Copa do Mundo no Brasil seria como chover no molhado. Quanto ao legado que o evento trará para o nosso país, há controvérsias. Mas uma coisa me chamou a atenção. No fim de semana passado, o Maracanã, que será palco da grande final da Copa, foi vítima de um assunto que se discute, e que não é de hoje. Aos 11 minutos do primeiro tempo, o meia Douglas, do Vasco, protagonizou um lance, que poderá custar aos cofres brasileiros, cerca de R$ 8 milhões. Explico: As 12 cidades-sede terão um artefato tecnológico à disposição chamado Goal Control 4-D e que permitirá auxiliar o árbitro na marcação de um gol ou não. Muitos são a favor da implementação da tecnologia no futebol brasileiro. Fato como este, apenas embasa e reforça a tese daqueles que acham que essa seria uma solução para o nosso futebol. Porém, muitos esquecem, que a grande maioria dos árbitros e auxiliares, não vive do apito e comitantemente exercem outra profissão. O futebol profissional não é levado a sério no Brasil. Na Premier League, por exemplo, os árbitros são profissionais e na maioria das vezes se dedicam exclusivamente para o futebol. A profissionalização dos árbitros no Brasil precisa ter prioridade. Claro que os erros não deixarão de acontecer, afinal errar é bem humano. Contudo, à partir do momento em que há uma boa remuneração, condições de trabalho, reciclagem, treinos, simulações, concentrações, entre outros, há uma probabilidade maior de minimizar os erros da arbitragem. Só para se ter uma ideia, nesta semana, o ex-árbitro, Marçal Mendes, denunciou a FERJ( Federação do Estado do Rio de Janeiro) por discriminar os árbitros e exigir que eles realizassem algumas atividades sem remuneração. Também fez uma denúncia semelhante à FPF( Federação Paulista de Futebol) e neste caso o Ministério Público do Trabalho decidiu abrir uma investigação. Não há como negar, que a essa altura do campeonato, a tecnologia se faz necessária para dar mais credibilidade e idoneidade ao futebol que anda maltratado em todos os sentidos. Porém, é preciso entender, que para se alcançar o sucesso dentro das quatro linhas, não serão os dispositivos que farão à diferença ao custo de R$650 mil, só a instalação, mais cerca de R$10 mil por jogo. A maioria dos clubes brasileiros estão quebrados. O secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, jogou a bomba para cima da CBF, quando lhe foi perguntado à respeito desse legado tecnológico para o Brasil afirmando que depende de nós. Talvez fosse mais sensato, se ao invés de colocarmos o chip na bola, introduzíssemos na alta cúpula do futebol mundial, um chip que combatesse a mente corrupta e insana daqueles que se julgam acima do bem e do mal.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Quem morre de véspera é peru

Agora irmãos, vou falar a verdade. A crueldade que fazem com a gente, só por nossa cor ser diferente. Somos constantemente assediados pelo racismo cruel. Bem pior que fel é o amargo de engolir um sapo, só por ser preto, isso é fato. O valor da própria cor, não se aprende em faculdades ou colégios, e ser negro, nunca foi um defeito e será sempre um privilégio. Privilégio de pertencer a uma raça, que com o próprio sangue construiu o Brasil. Partindo da premissa da letra da banda de rap brasiliense Câmbio Negro, na música intitulada Sub-Raça, veremos no texto a seguir, que há muito o que fazer quando tratamos do assunto em voga: racismo. Na primeira partida válida pela fase de grupos da Taça Libertadores da América, no jogo entre o time peruano do Real Garcilaso e o brasileiro Cruzeiro, uma cena chamou a atenção do mundo: as imitações com sons de macacos feitos por uma parte da torcida da equipe peruana. Nascido em 08 de março de 1949, Teófilo Cubillas Arizaga, é considerado o maior jogador peruano de todos os tempos e está na lista dos 50 maiores jogadores do século XX, além de ser o maior goleador do selecionado peruano e o oitavo maior artilheiro na história das Copas. Pela seleção de seu país, conquistou a Copa América de 1975 e disputou três Copas do Mundo: 1970, 1978 e 1982. Jogador de família humilde tinha a predominância da cor negra. O comportamento selvagem e racista de alguns torcedores peruanos não é de agora e tem a condescendência da imprensa local. No ano passado, antes da partida decisiva pelas eliminatórias entre Peru e Equador, em Lima, os termos mono e monito (macaco e macaquinho) ganharam as manchetes dos jornais esportivos peruanos durante dias seguidos. O jornal Depor, por exemplo, usou como manchete em 2013, durante as eliminatórias para a Copa, os seguintes dizeres: “Para freir monos” (Para fritar macacos). Já o diário de esportes Líbero, instigou: “ Que los monitos traigan canasta para los goles”. (Que os macaquinhos tragam cestas para os gols). Lembrando que o Peru é um país onde a maior parte da população é indígena. Na tese de doutoramento de Neide Maria de Oliveira Sobrinho (2008), da Universidade de Brasília(UNB), mostra que no Peru os europeus entram com 15% de participação na composição genética da população, os ameríndios com 73% e 4,4% de africanos. O Peru tem maior influência africana que no Equador e que tem menos influência indígena e quase o dobro de contribuição europeia na composição genética nacional. Então! Tanto Peru como Equador são mestiços, porém distintos. Enquanto os equatorianos nunca demonstraram brutalidade e recismo como os peruanos, que imitaram macacos para humilhar o volante Tinga, os peruanos insistem em fomentar a discriminação racial. Aliás, o meia cruzeirense declarou que também sofre com preconceito no Brasil e afirma que se vê no olhar de cada um. Na história, sabe-se que colonizadores europeus dividiam as etnias africanas de acordo com seus próprios moldes raciais: os “negros nilóticos” (etíopes, núbios, somalis e os tutsis de Ruanda) tinham feições mais finas e foram considerados superiores a outras etnias menos assemelhadas ao padrão europeu. O racismo no Peru vai além do futebol. A Universidad del Pacífico publicou um ensaio onde 39% dos entrevistados declararam sentir-se discriminados por raça em seu próprio país. No Peru, a imprensa esportiva incentiva o povo ao racismo e o governo nunca se importou com a população de origem africana. Países vizinhos como Brasil, Bolívia, Equador e Colômbia reconhecem suas populações afrodescendentes dentro de suas Constituições e têm dedicado políticas para o seu desenvolvimento. Jorge Ramírez, ativista peruano, declarou: “As pessoas precisam entender que nós não só sabemos dançar ou tocar instrumentos musicais; também podemos pensar em ocupar cargos importantes. Por anos estivemos esperando, e os afro-peruanos continuam sendo humilhados, maltratados e excluídos. Se o Estado não agir agora, nós vamos continuar vítimas desse racismo estrutural”. Enquanto as minorias peruanas aguardam as medidas compensatórias do Estado peruano contra o racismo estrutural, divagamos a respeito do comportamento desse povo sofrido e como diria a canção de Caetano Veloso: “De ladrões mulatos e outros quase brancos tratados como pretos, só para mostrar aos outros quase pretos (e são quase todos pretos), e aos quase brancos pobres como pretos, e pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos”. O Haiti não é o Peru e o Peru não é o Haiti, mas perante o respeito, princípios e valores, somos todos iguais.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Casado com uma viúva

Quando Graciliano Ramos afirmou que o futebol não pegaria no Brasil, pois tínhamos uma cultura rasteira, em partes ele acertou. Ordem e Progresso. Esse é o lema que o pais leva como representatividade em sua flâmula. Contudo o que menos se viu na preparação para a Copa do Mundo foi justamente ordem ou progresso. Vale ressaltar, que a FIFA não pediu para o Brasil fazer a Copa, fomos nós que à procuramos e fizemos a proposta. O problema, é que atravessamos um momento peculiar, onde a burocracia é cultural, tudo precisa ser carimbado, gerando milhões para os cartórios. A corrupção é endêmica, ou seja, do povo ao Governo. Tudo é à base de propinas. Todo o alto escalão do Governo Lula está preso por corrupção. Hoje, tudo que acontece de errado no Brasil é culpa da FIFA. Já foi dos EUA, de Portugal e o brasileiro nunca tem culpa de nada. Damos mais importância ao futebol, do que à política. Elegemos jogadores de futebol para cargos públicos. O segundo deputado mais votado do país utiliza como bordão: “pior que está não fica”. E, em uma das músicas ele declara: “Ele é ladrão, mas é meu amigo”. Ora bolas! Que diacho de brasileiro nós somos? A nossa carga tributária é um absurdo, maior que a da França, enquanto os serviços de transportes públicos, saúde, educação são comparáveis ao do Congo. Não obstante, o brasileiro pensa que mora na Suíça. Quem está lá, de fato, é a FIFA. Sete anos! Em relação às obras, o Brasil foi o país que teve mais tempo na história de todos os mundiais para preparar a Copa e é o que mais está atrasado. A França teve três anos e finalizou um ano e dois meses antes. Restando menos de três meses para a Copa, o Brasil ainda tem que fazer 15% do previsto, sem contar a possibilidade de Curitiba entrar para a história como a primeira sede excluída nas 20 edições da competição. Lembrando também, que os franceses utilizaram recursos privado, bem diferente daqui. Na frança, o número de mortes nas construções dos estádios foi zero. No Brasil já foram mais de seis. Apesar do alto custo das arenas, os estádios não são aproveitados como multiuso, longe disso. Na verdade, apenas são utilizados para jogos. Quanto á mobilidade urbana, cadê o trem bala? Nenhuma das cidades-sede tem metrô até o aeroporto, além de não funcionarem bem e não cobrir nem 10% das cidades ou simplesmente inexistirem. O sistema de ônibus é ineficiente e ineficaz. Um lixo! Taxistas costumam cobrar caro, além de não dominarem outros idiomas. Para os taxistas, não há cursos de inglês financiados pelo Governo, mas para as prostitutas sim. Parece piada pronta, porém é verdade. Sem contar as estradas, caindo aos pedaços e sem sinalização. Só para se ter uma ideia, o número de mortes nas rodovias em 2008, foi de 57.166. Possuímos uma das gasolinas mais caras do mundo (sem contar a péssima qualidade, misturada com etanol e solvente de borracha), apesar do Brasil ser autossuficiente em petróleo e estar ao lado de países da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), como Venezuela e Equador. Não há transportes de trens e mesmo sendo o país com mais rios no mundo, não temos transporte fluvial. Na área da saúde, é o caos. Aqui, as pessoas ainda morrem de doenças como dengue, malária e doenças de chagas, já erradicadas, por exemplo, na França, no século XVIII. Hospitais públicos comparados a praças de guerra dão ênfase aos números, já que gastamos apenas 4% do PIB em saúde, e 12% com pagamentos de funcionários públicos. Na França, ao contrário, se gasta 12% na saúde e 4% no funcionalismo público. Na área de segurança é um salve-se quem puder. No Brasil há mais assassinatos que no Afeganistão, Palestina, Iraque e Síria juntos, além de ter mais assassinatos que toda a América do Norte, Europa, Japão e Oceania somados. A guerra do Vietnã vitimou 50 mil pessoas em sete anos, mesmo número no Brasil em um ano. Temos uma porcentagem de universitários menor que o Paraguai, e insistimos em não investir na educação. Temos 33 mil de analfabetos funcionais e 9% de analfabetos. Ano passado surgiram mais 300 mil novos analfabetos. Apenas 3% dos brasileiros são bilíngues. Entre as 300 melhores universidades do mundo, não existe nenhuma brasileira. No ranking da ONU, ocupamos a 88ª posição, ficando atrás de países como Belize, Ilhas Fiji, Azerbaijão, Ilhas Maurícios, Uzbequistão, Mongólia, Paraguai, Trinidad e Tobago, Tchad, Belarus, Tijiquistão, Botswana, São Tomé (Ver pra crer) e Príncipe, Namíbia, Santa Lúcia e Moldavia. Se não consegue ganhar desses, vai ganhar de quem? O estadista francês, Charles de Gaule, uma vez afirmou: “O Brasil não é um pais sério”. Nelson Rodrigues, afirmava que temos complexo de vira-lata, mas a grande verdade, é que somos como diz José Simão: “O país da piada pronta”. Florentina, Florentina, Florentina de Jesus….

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Não é por causa de 33 cm

Em 2007, Armando Marques declarou: “a arbitragem me preocupa, tá ruim! Porém, honesta! Indubitavelmente, que o AAA(árbitro assistente adicional), Rodrigo Saraiva Castanheira, jamais queria errar num lance em que, a bola chutada por Douglas, meia do Vasco, acabou ultrapassando a linha do gol em intermináveis 33 cm. Também é compreensível, que a nação cruzmaltina ficasse indignada, afinal, perder para o maior rival e com falha da arbitragem, não é mole para chuchu. Os mais entusiasmados diriam: “ Viu! “Se houvesse o chip na bola, esse lance não seria validado”. Outros, todavia, falariam que o futebol não teria graça e que o “olho do falcão”( aparato tecnológico utilizado em jogos de tênis), estragaria os debates e as discussões nos botecos e redações de jornais. Partindo desse pressuposto e do ponto de vista que o futebol é um grande negócio, dirigentes, jogadores e patrocinadores das equipes prejudicadas, se sentem no direito (e estão) de reclamar para meio mundo ou o mundo inteiro. Erros e equívocos fazem parte desse esporte coletivo, onde nem sempre vence o melhor (caso do Vasco), mas o que não podemos perder é a credibilidade para a idoneidade das pessoas que comandam o nosso futebol( e isso tá longe de acontecer). Rodrigo Saraiva Castanheira, mesmo colocando o dele na reta, certamente não quis errar, até porque, essa foi à profissão que ele escolheu, além de como todo cidadão comum ou não, possuir familiares e amigos. Vale ressaltar, que havia um bandeira e um juiz(esse autoridade máxima) e que poderiam ter visto o lance. Quanto a tecnologia implementada no futebol, continuo contra. O que precisa ser feito é a profissionalização da arbitragem no futebol brasileiro, com bom remuneração, treinamentos, aulas, reciclagem e concentração, assim como acontece na Premier League, a primeira divisão da Inglaterra. “Ah! Mas os erros continuarão a acontecer”, diriam os mais pessimistas. Ora! Atire a primeira pedra quem nunca errou! E olha que não é por causa de 33 cm….